Minhas tentativas frustradas de escritora me fazem acreditar que todo o dia é dia de palavra, menos os domingos, com toda a sua prepotência e arrogância de ser singular. Mas o fato é que hoje me sinto carrasca ou algoz de meus pensamentos desvairados.
Sento aqui, nessa cadeira vermelha (nem é minha cor preferida), e entro no século XXI acessando uma máquina portátil que esquenta meus dedos e engole minhas palavras. Fico mesmo sem saber o que dizer o ou escrever diante desse cinza que cobre minhas primeiras imagens transformadas em primaveras.
Minhas primeiras ideias outonais se configuram em pintassilgos e pardais, mesmo não entendendo bem de pássaros, talvez de asas, eu entenda um pouco. Tenho certo caminhar ao longo da minha vida de 43 e pegadas formam os caminhos que se transformam em experiências alquímicas de uma seridoense da gema da scheelita.
Maria Maria
Quando eu era criança, no Seridó, a minha infância tinha a singularidade que têm todas as infâncias. Havia mitos e lendas, histórias criadas pelas gerações antepassadas e histórias recriadas. Uma delas, era a de que beber Água de Chocalho apressava a fala das crianças. Eu devo ter bebido desse licor adoçado com açúcar e serenado pela lua. Talvez por isso, goste tanto de conversar e também de ficar acordada a noite inteira pensando em girassóis e girassóis.
Maria, Maria..
ResponderExcluirGostei desse texto..
Bem profundo, principalmente quando se trata do meu Seridó..
Muito bonito por sinal..
Os demais estão ótimos..
Beijos, ou melhor um 'bufete' que é mais agradável.. kkkkkkkkk'
Brincando.